terça-feira, 30 de novembro de 2010

Angélica Candido em: TRAJETÓRIA

Por tantas vezes me perguntei: O que estou fazendo aqui? Aqui mesmo, neste curso de Administração! Mas que um administrador faz? Administra, é óbvio! Será que o escolhi por que não havia outro curso que não me identificava? E na hora da escolha do vestibular: ah! Coloca Administração mesmo! Pergunto-me até hoje. Porém já estando numa trajetória um pouco prolongada para quem não sabia o que fazer, acredito que valeu a pena. Conhecer pessoas novas, fazer grandes amizades. Amizades que pretendemos levar pro resto da vida. Conhecemos vários professores e aturamos muitos também. Gosto sempre de me lembrar desses professores. Não posso, nem devo citar nomes, mas as situações nos avivam a memória. Professores que ao invés de nos clarear o assunto complicava mais ainda. Mais o pior, sendo já a matéria complicada, ninguém entendia o que essa tal professora falava e na hora de tirar a duvida, ela não respondia. Era obrigado estudar por fora e muitos que não tinham tempo para esse estudo extra, acabaram ficando por mais um período nesta cadeira. Já outros explanavam por demais sua atenção pelos alunos. Era tal de entendesse pra cá e entendesse pra lá, uma pessoa boa mais muito impaciente. Quem era louco de tirar uma dúvida pra ele lhe mostrar o óbvio. Sofri por demais nesta cadeira, não podia tirar minhas duvidas! Foi cruel! Já ia me esquecendo do nosso mais ilustre professor adorado e odiado por muitos, aquele que gosta de colocar medo nos alunos. Mas no segundo período, descobri que ele treina os alunos pra isso. Que feio! Mais o que ele fala, ele cumpre. Só passa quem “engole” os livros, quer dizer quem estuda por demasiado. Se não como ele mesmo diz: não tem problema próximo período tem de novo. Sim, claro! Mas como poderia esquecer o professor que arrancavam suspiros pela faculdade. Haviam alunas que sentiam prazer em assistir uma aula dele. Poderiam não entender o que ele falava, mas que estavam todas presentes, isso estavam. Posso garantir, pois estava lá. Outra pergunta que sempre faço quando me lembro dessa cadeira: pra que blindar logo um Fiat uno? Mas tudo bem, mostramos que é possível.
Pagamos cadeiras complexas, mas com colaboração e atenção dos professores tornou-se fácil. Cadeiras que professores nem sabiam o que dar, pelo fato de não serem da área. O famoso “tapa buraco”. Separamos-nos e nos unimos em algumas cadeiras. Fizemos festinhas, e após certo tempo as pessoas passaram a colocam apelido no amigo, tiram brincadeiras descaradas com as meninas, nos desentendemos e nos entendemos. Assim é a vida! Estamos aqui para aprender! Seja nos conflitos ou nos momentos de confraternizações. Este curso é só o espelho do que iremos ou já encontramos lá fora, onde o bicho pega mesmo.
Mas como pude esquecer-me de citar a cadeira que me fez pagar vários micos neste semestre e que realmente nunca vou poder esquecer. Imitar Michel Jackson foi cruel! Mas o que não fazemos pelo grupo. Tudo fazia parte do danado do "briefing". Vivenciar momentos engraçados, tensos, mas que nada, acredito eu, venha atrapalhar nossa convivência. Mesmo que em alguns momentos nosso querido professor tenha apimentado algumas situações para surgir confusões. Que feio! Mais tudo passa e o que fica somente são os momentos bons, que é o que realmente importa para um ser humano. Guardar rancor faz mal ao coração e a alma. A alma envelhece depressa, a pessoa torna-se um ser pequeno e sem compaixão. Mas quem sou eu para dar aulas de como se portar! Precisamos aprender a conviver um com os outros.

Um comentário:

  1. Angélica, se fosse para eleger qual a melhor crônica, meu voto iria para você! Serviu de inspiração para a minha!kkkkkk

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