terça-feira, 30 de novembro de 2010

Paulo Correia em: ESCOLHAS, ERROS E ACERTOS

“Ter que” nunca foi nem nunca será o melhor termo, em nada para vida, é limitado, é pequeno, nos coloca em uma caixa apertada onde não podemos nos mover, onde nem sequer podemos ver o quadro geral, por que estamos preocupados demais com nosso aperto, porque nos dizemos que devemos nos mover, deixamos alguém nos dizer de inicio,e as vezes sempre, que temos que nos encaixar, que temos que caber num espaço pequeno, mas quem é esse alguém que nos diz como ser, onde estar e como estar?
Eu não sei quem é essa pessoa, e resolvi não dar mais ouvidos a quem não conheço realmente, para qualquer erro ou acerto, sucesso ou fracasso, a responsabilidade é minha .
Tantos outros nos dizem como devemos ser, como devemos agir, e nós por despreparo ou qualquer outra razão que não nos deixa encarar a vida de frente, permitimos perder a voz, e dar essa voz a alguém que nunca vai nos conhecer por completo, qual a lógica disso afinal ? Por que você existe se nada em você é seu ?
Cícero orador romano dizia : “Enquanto o homem vive,está num palco” , mas no palco não existem apenas personagens, e por mais que se tenha uma veia teatral forte e a capacidade de viver seus personagens para sobreviver a qualquer situação, saiba que nunca vai conseguir fugir de você mesmo.Não adianta tornar o amor e ódio algo corriqueiro, não são coisas simples e nunca serão, amar.... não é uma opção assim como odiar não é uma opção, a única opção que se tem é como irá viver qualquer um dos dois ou qualquer outro sentimento. E não adianta forçar um amor a todos, banalizar coisas nunca as tornou valorosas , e um dito amor dessa forma não é amor, amor não é controlável.
Já banalizamos muitas coisas, a amizade ,que se vende a qualquer preço, a palavra ,o respeito, a verdade , nos parecem ultimamente até coisas utópicas, mas será que são mesmo? Ou será que estivemos preocupados demais com todas as coisas pequenas que sugam nossas forças , que tomam nossas atenções e esquecemos de pontuar o que realmente é crucial a uma vida toda?
Não quero chegar a meus 60, 70 anos, ou até mesmo a próxima semana, e apenas pensar em uma busca seca sobre um falso sucesso , onde pessoas existem ao redor porque precisam, por que tem que fazer isso e aquilo para sobreviver,porque viver já está em um patamar bem diferente, talvez hoje eu tenha plena noção de todo valor que devo atribuir a minhas coisas, a tudo que está a meu redor ...a quem realmente amo, a quem realmente merece meu empenho enfim....
E neste ponto do campeonato não me interessam as criticas de quem não me conhece, críticos não sabem tocar a obra, apenas falam sobre ela,e na maioria dos casos a obra fica imortalizada e o critico se muito sobrevive o faz em 3 linhas de palavras ásperas e amargas,há tanta coisa lá fora, e tudo que quero é abrir a porta e ver muitas dessas coisas, uma boa vida e boa sorte a quem continua aqui dentro.

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